Vejo um monte de gente escrevendo um monte de coisas na internet.
Principalmente aqueles que estão aqui para “denunciar o pecado”.
Existem muitos pseudo-cristãos que se intitulam donos da verdade e
saem por aí em suas Cruzadas para acabar com quem quer que não adote sua
mesma doutrina, que não utilize a mesma forma de culto ou qualquer
outra coisa que eles discordem.
O problema é que essas pessoas são viciadas nos pecados dos outros.
Não podem ver o erro do Feliciano, do Malafaia, da Lagoinha, ou sei lá
de quem mais, que já quer escrever para “denunciar o pecado”.
Existe na bíblia em Ezequiel a figura de um atalaia. Esse era o
camarada que via o inimigo chegando e avisava todo o povo do perigo
iminente. Se ele não falasse nada, o povo seria destruído, mas a culpa
cairia sobre o atalaia.
Porém, o atalaia exorta dos perigos visando apenas um fim: a salvação
dos seus ouvintes. Assim como um profeta, quando expõe o pecado de um
povo, não o faz para o expor à vergonha ou para destruir tal povo, mas
sim para chamá-lo ao arrependimento.
Infelizmente, vejo blogs de chacotas “cristãs”, blogs chamados de
“apologéticos” que dizem estar prestando um serviço à comunidade cristã
expondo os pecados públicos de outros ditos cristãos. Como isso deveria
ser feito?
Primeiramente, deveríamos seguir o exemplo de Mateus 18. Antes falar
diretamente com o irmão. Depois chamar mais uma testemunha, e depois
apresentar à igreja.
Quem fala mal para expor o pecado alheio, é apenas mais um acusador e
fariseu moderno que acha que seu pecado é menor do que o dos mais
ignorantes sobre a “lei”.
Muitos destes críticos ferozes não estão inseridos em nenhuma
comunidade local, ou quando estão não possuem proeminência alguma. Não
tem estrutura psicológica para tal, pois não conseguem se relacionar.
Verdadeiros “leões” na internet, mas na igreja visível, eles são
invisíveis.
A igreja, com todos os seus problemas, ainda é o melhor lugar do
mundo. É um lugar cheio de pecadores em transformação, e também tem
ovelhas e bodes. Mas é ali que Deus abençoa o seu povo e dá dons aos
homens. A igreja invisível está dentro da visível, e é apenas esta que
podemos ver, e nela que estamos inseridos, nela seremos provados,
testados, edificados. Além do mais, as cartas às sete igrejas de
apocalipse não são cartas às igrejas invisíveis, santas e imaculadas
daqueles lugares na Ásia Menor, e sim àquelas igrejas cheias de defeitos
e que tinham até sinagoga de satanás entre eles.
Que o amor de Cristo nos una. Que essa seja a marca do cristão: que
as pessoas ao verem nosso amor de uns para com os outros, reconheçam que
Cristo é o nosso mestre.
por Daniel Simoncelos
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